Salários e pensões não dão até ao fim do mês
A dirigente comunista centrou o seu discurso nos problemas que enfrentam as classes trabalhadoras, na questão fiscal e no apelo à mobilização do partido, por forma a tornar possível aquela que considera a melhor alternativa para o País.
«Perante o aumento da exploração e do agravamento da situação económica e social, situação é exigente e precisa de resposta dos trabalhadores e das populações, precisa do reforço do PCP, porque enquanto mais forte estiver o Partido Comunista, mais força terá a luta das massas , componentes da construção da alternativa patriótica e de esquerda que tanto faz falta ao nosso país.», disse.
Divulgando a Festa do Avante, afirmou-a como «A maior e mais bonita realização política cultural desportiva e de massas que o nosso país assiste há anos, na Quinta da Atalaia, no Seixal».
Afirmou que o PCP é «um partido que não fecha para férias, em particular num momento de grande exigência no nosso país tendo em conta a continuada degradação das condições de vida dos trabalhadores“.
Porque «os salários, as pensões não dão até ao fim do mês. Os preços de bens essenciais continuam a aumentar como é exemplo nos alimentos, nos combustíveis ou na habitação. Antes o pretexto era a crise ou epidemia. Agora o pretexto é a guerra».
«Basta ir ao supermercado, basta ir colocar combustível na viatura. Mas mas tudo aumenta. Só os salários e as pensões é que não acompanham. No nosso país a realidade é dura. Três milhões de trabalhadores recebem menos de mil euros brutos por mês cerca de setenta e cinco por cento dos reformados recebe uma pensão inferior ao salário mínimo nacional», observou.
«Dois milhões de pessoas estão em situação de pobreza das quais mais de trezentas mil são crianças e quarenta e dois por cento da riqueza nacional está concentrada nos cinco por cento mais ricos. Este é um país real de quem empobrece a trabalhar».
Para os militantes e amigos do seu partido presentes no jantar tradicional de Verão, finalizou dizendo que «É fundamental estarmos junto das populações, estar com as lutas e as suas justas reivindicações em torno de problemas e de questões concretas. É com esta confiança e com esta alegria que nos caracteriza, reforçando o partido e a CDU, este partido que não desiste, partido que não verga, mesmo dos momentos mais difíceis, que continuamos a lutar pela elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo. Continuamos a lutar pelo fim da exploração do homem pelo homem pela construção da sociedade socialista.»