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Ponte do Vascão: Obra atrasada prejudica todos

o Impacto no Sotavento Algarvio e Alentejo

A interrupção da circulação na EN122, na zona da Ribeira do Vascão, continua a ser um problema para quem viaja entre o Sotavento Algarvio e Mértola. A obra de reabilitação da Ponte do Vascão, que devia ter terminado há meses, enfrenta sucessivos atrasos, obrigando condutores a percursos alternativos longos e em estradas em mau estado, com impacto direto no turismo e nas comunidades locais.

O Cenário de Atrasos e Desvios

A empreitada, a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP), teve início em setembro de 2024 e a sua conclusão estava inicialmente prevista para novembro do mesmo ano. No entanto, o prazo foi já por diversas vezes adiado, com a data mais recente apontada para o final de setembro de 2025. O Ministério das Infraestruturas, em resposta a questões parlamentares, confirmou os atrasos e justificou-os com a “escassez de mão de obra qualificada” e com “atrasos na fabricação e entrega da estrutura metálica” para o novo tabuleiro da ponte.

Enquanto a obra se prolonga, o trânsito é desviado, criando um percurso adicional de cerca de 23 quilómetros, maioritariamente por estradas municipais. Estes desvios, com pisos em condições deploráveis, têm gerado queixas de condutores e residentes, que se veem obrigados a enfrentar um trajeto perigoso e demorado. Para muitos, a alternativa passou a ser a utilização de estradas espanholas a partir de Vila Branca, apesar do aumento da distância, como forma de fugir à má qualidade dos acessos portugueses.

Impacto na Região

A interdição da EN122 não afeta apenas o tráfego regular, mas também a economia e o turismo da região. A EN122 é uma via fundamental de ligação entre o Algarve e o Alentejo, e a sua interrupção limita a mobilidade para as povoações a sul de Mértola e para o próprio concelho. Os constantes atrasos têm gerado frustração nas comunidades locais, que dependem desta ligação para atividades laborais diárias, como é o caso de profissionais que trabalham em lares e outras estruturas na zona de Alcoutim.

Perspetivas para o Futuro

A Infraestruturas de Portugal garante que está a fazer todos os esforços para acelerar a conclusão da obra, que prevê a substituição integral do tabuleiro rodoviário, a criação de duas faixas de rodagem, e a instalação de barreiras de segurança. O reforço estrutural e a pavimentação de 50 metros da via fazem parte do projeto.

Apesar dos sucessivos adiamentos, a garantia dada pelo governo e pela IP é que a reabertura da ponte acontecerá “até final de setembro” de 2025, o que, a concretizar-se, porá fim a um período de incerteza e dificuldades que já dura há vários meses, restabelecendo a normalidade na circulação entre as duas regiões.


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