Francisco Amaral confirma presidência da Assembleia em Vila Real de Santo António

Hoje, os órgãos autárquicos do concelho de Vila Real de Santo António assumiram funções, marcando o início de um novo ciclo político. A Assembleia Municipal elegeu Francisco Amaral — antigo presidente das câmaras de Alcoutim e Castro Marim — para presidir à Mesa, numa lista consensual entre AD e Chega, tendo a CDU optado pela abstenção. A votação registou 13 votos para a lista da AD 10 para a do PS.

Na sua intervenção, a presidente cessante da Assembleia Municipal sublinhou os esforços realizados ao longo de quatro anos de mandato, em prol da transparência, fiscalização e defesa do bem comum, destacando o espírito de serviço público, a pluralidade democrática e a elevação do debate.

Realçou ainda o papel fundamental das juntas de freguesia como primeira linha de proximidade e coesão junto das populações, apelando à continuidade do trabalho coletivo e responsável dos autarcas em prol do desenvolvimento do concelho.

Enfatizou a relevância da transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos como pilares básicos da vida política local, desejando sucesso aos novos eleitos e exortando à participação ativa de todos os cidadãos.

Francisco Amaral, e o Presidente reeleito da Câmara Municipal, Álvaro Araújo, sublinharam a importância de trabalhar em conjunto, colocando os interesses do município acima das divisões partidárias.

O recém-eleito Presidente da Assembleia Municipal, Francisco Amaral, destacou que os eleitos devem estar «junto com o povo» para sentir as suas dificuldades. Reconhecendo a ausência de maiorias absolutas, à exceção da freguesia de Cacela. Amaral enfatizou a necessidade de um «esforço de procurar entendimentos mais alargados« através de um diálogo constante e sem desconfianças.

O novo presidente comprometeu-se a manter a imparcialidade e o respeito por todas as sensibilidades na Assembleia Municipal. Exigir que o Executivo «fale a verdade aos munícipes» e não faça promessas não cumpridas.

Compromete-se ainda a dignificar o órgão através do «exemplar comportamento» dos deputados municipais e a promover a colaboração da Assembleia Municipal com o Executivo na abordagem de problemas técnicos como a violência, falta de educação, higiene urbana, saúde e desporto dos estudantes.

Amaral relembrou a sua experiência passada em Castro Marim, onde, mesmo sem maioria na Assembleia Municipal, soube governar «procurando entendimentos», manifestando a convicção de que o mesmo ocorrerá em VRSA.

Álvaro Araújo reafirma missão e compromisso com o diálogo

Álvaro Araújo, reeleito Presidente da Câmara Municipal, aceitou o resultado eleitoral «com humildade, com serenidade e com um profundo sentido de missão». Sublinhou que o resultado eleitoral – com três mandatos para o Partido Socialista, três para a Aliança Democrática e um para o Chega – é um «sinal de maturidade democrática» e um apelo à responsabilidade coletiva.

A mensagem central do seu discurso foi clara: «As pessoas querem diálogo, querem união e estabilidade». O edil garantiu que o interesse do concelho será colocado «acima de qualquer bandeira partidária», focando a energia «no que nos une e não no que nos separa».

Balanço e Metas para o Novo Mandato:

Álvaro Araújo fez um breve balanço do mandato anterior, referindo que a autarquia «recuperou a consciência, liberámos as contas e devolvemos dignidade ao princípio» e destacando a redução da dívida (que hoje se cifra em cerca de 100 milhões de euros) e a captação de mais de 100 milhões de euros a fundo perdido para investimento.

Para o futuro, destacou a Habitação, com a continuação da construção, com 114 novos fogos já em obra e mais 96 em projeto. Em investimentos estruturante, espera novos investimentos e um hotel de cinco estrelas na Praia da Lota (158 milhões de euros), e um investimento superior a 200 milhões de euros em Monte Rei (que inclui o Hotel Luz). Está também prevista a construção de um hotel 5 estrelas em Monte Gordo.

Anunciou a criação de uma comissão para organizar as comemorações dos 250 anos da fundação de VRSA em 2026 e, em matéria de transparência apresentará a proposta de criação da figura do Provedor do Município, uma entidade independente para representar os direitos e preocupações dos munícipes.

O presidente reafirmou que o mandato será cumprido até ao fim, com a prioridade focada nas pessoas e não nos partidos. O caminho será de «trabalho, coragem e diálogo» para construir o futuro que o concelho merece.

Alcoutim
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