EES: Biometria e Filas de 90 Minutos ‘Congelam’ Controlo de Fronteiras no Aeroporto de Faro
O novo Sistema Europeu de Controlo de Fronteiras (EES) prometia maior segurança e eficiência, mas o seu lançamento em Portugal está a traduzir-se em longas filas e tempos de espera insuportáveis para os passageiros.
O problema, que já era sentido no Aeroporto de Lisboa, estendeu-se agora com gravidade ao Aeroporto de Faro, um dos principais portões de entrada para o turismo nacional.
Cidadãos de países terceiros, fora do Espaço Schengen, estão a enfrentar esperas que superam facilmente uma hora e, em alguns casos reportados, atingem os 90 minutos. A causa deste congestionamento reside na introdução obrigatória de novos procedimentos digitais e no registo de dados biométricos.
Este processo, fundamental para o funcionamento do EES, exige tempo adicional em cada posto de controlo, retardando significativamente a passagem dos milhares de passageiros que utilizam os aeroportos portugueses diariamente.
A situação tem sido classificada pelas autoridades aeroportuárias como de “constrangimentos graves no controlo de fronteiras”.
No Aeroporto de Faro, à semelhança de Lisboa, estas longas filas representam um risco real de perda de voos, um cenário particularmente preocupante com a aproximação das épocas altas. As demoras constantes têm um impacto negativo direto na experiência do passageiro e na reputação de eficiência dos principais «hubs» nacionais.
Face a este cenário, a própria gestora do aeroporto algarvio emitiu um aviso prático aos passageiros. É fortemente recomendado que aqueles que viajam fora do espaço Schengen reforcem a antecedência da sua chegada ao aeroporto, de forma a mitigar o impacto dos tempos de espera, que se tornaram previsivelmente mais longos desde a implementação do novo sistema.
Embora o EES seja um passo importante para a segurança das fronteiras externas da União Europeia, a sua aplicação prática em Portugal continua a gerar disrupções. A persistência de filas extensas sublinha a necessidade urgente de otimizar os novos procedimentos para garantir que a segurança não comprometa a fluidez essencial ao setor de viagens.