Médicos de família em acordo com IPSS
Perto de 167 mil consultas foram realizadas, no ano passado, através dos acordos estabelecidos com instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e Misericórdias nos locais com menor cobertura de médicos, segundo o Ministério da Saúde.
No ano passado foram efetuados acordos ativos em Abrantes, Azambuja, Fátima e Ourém, Torres Novas, Amadora, Benavente, Bombarral, Cascais e Parede, Caldas da Rainha, Óbidos, Mafra, Alenquer e Carregado, Sesimbra, Setúbal, Baixa da Banheira, Barreiro e Montijo (Arrábida e Arco Ribeirinho), Peniche e Lisboa, abrqangendo um total de 426.218 utentes, que tiveram acesso a serviços de 123 médicos.
Chamam-lhes acordos «Bata Branca» e foram alcançados com um conjunto de IPSS e Misericórdias onde existe menos cobertura de médicos de família. Funcionam como resposta complementar ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). No ano de 2023 foram realizadas 166.641 consultas, no âmbito dos acordos de cooperação.
Mesmo assim, tendo em conta o universo de utentes sem médico de família atribuído, no final de 2023, o projeto deixou de fora mais de metade dos utentes do SNS, reconhece o Ministério da Saúde, já que, de acordo com a nota ministerial, em 2023, 41,6% dos utentes sem médico de família tiveram pelo menos uma consulta nos cuidados de saúde primários do SNS, se é que, ter apenas uma consulta anual não significa estar de fora.
Para o novo Governo da AD, em perspetiva estes acordos com IPSS e Misericórdias vão ser uma forma de dar resposta a conseguir dar médico de família a mais pessoas.